Keuberto Daniel.Bolg

Anemia.

31/10/2019

A anemia é tipicamente definida como uma condição na qual a quantidade de hemorragia está abaixo do normal.

Os valores padronizados da hemoglobina dependem de duas variáveis: 

  1. Idade 
  2. Sexo
  • Crianças = 11,5 a 15,5 g/dl
  • Homens = 14 a 18 g/dl
  • Mulheres = 12 a 16 g/dl


Causas de Anemia e suas fisiopatologias.

De princípio a anemia pode ser hereditária ou adquirida.

A anemia hereditária é aquela que está relacionada com alterações genéticas que afectam a morfologia das Hemácias, afectando tanto a membrana, como as proteínas estruturais extracelulares.

O exemplo mais comum de uma Anemia Hereditária é a Anemia Falciforme.


Anemia Falciforme

A anemia falciforme resulta de um erro genético que se repercute na tradução da hemoglobina.

A Hemoglobina é uma proteína quartenária formada por quatro cadeias terciarias de uma outra proteína de peso molecular inferior, A Globina, que se organiza em duas cadeias alfas e duas cadeias betas ligadas cada uma delas a um grupamento Heme que tem no seu centro um átomo de ferro. Essa é a constituição normal da Hemoglobina determinada geneticamente por uma sequencia correcta de nucleotídios.

O erro mas comum resulta da substituição do ácido glutâmico pela valina na posição seis do código genético que traduz a Hemoglobina. Essa substituição leva a uma mutação na tradução da Hemoglobina que em vez de ser a hemoglobina normal passa a ser a hemoglobina S. Essa hemoglobina tem uma forte tendência a se polimerizar (algo como uma formação de agregados com outras moléculas de hemoglobina) sempre que o sangue é exposto a menores concentrações de oxigênio. Esta tendência é extremamente ruim para o organismo, pois leva a ciclos repetidos de polimerização e despolimerização cada vez que o sangue destes pacientes navega pelos capilares onde o oxigênio é entregue aos tecidos, e onde, por conseguinte a quantidade de oxigênio é naturalmente menor. Estes ciclos repetidos de polimerização levam a lesões na membrana da hemácia que, além de gerarem algumas hemácias em forma de foice, que dão o nome à doença, também interferem em sua capacidade de trafegar pelos capilares (vasos finos presentes em várias partes do corpo), favorecendo a ocorrência de bloqueios na circulação (vaso-oclusão). Além disso, estas hemácias têm uma vida útil muito reduzida, o que contribui tanto para a anemia quanto para o estabelecimento de um estado inflamatório crônico em consequência da necessidade de lidar com todos os produtos liberados quando da morte precoce destas células. O resultado final é uma doença caracterizada por redução na oxigenação de todos os tecidos de forma lenta e progressiva, entremeada por períodos em que estes episódios de vaso-oclusão se tornam mais agudos, levando a dor, falta de ar e outros sintomas. Resumindo, a hemoglobina S pode inicialmente se ligar ao oxigénio, mas tão logo que se desprende do oxigénio nos tecidos a hemoglobina começa a se polimerizar com outras moléculas de hemoglobina e proteínas do citoesqueleto, essa polimerização leva não só a dificuldade de religação do oxigénio como também leva a uma deformidade da membrana da hemácia pela diferença de electronegatividade e pelos agregados entre a hemoglobina com as moleculas do citoesqueleto fazendo com que a célula adquira uma forma de foice!

Deficiência de ferro:

A anemia causada pela deficiência de ferro é chamada de anemia ferropriva. O ferro é um nutriente que está implicado na formação de células vermelhas bem como no transporte de Oxigénio atraves da hemoglobina. A sua deficiência leva a redução das hemácias e compromete a estrutura da hemoglobina dificultando a ligação do oxigénio a ser transportado.

Keuberto Daniel.Bolg
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